sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ação mistificadora nos centros espíritas, por Cícero Pereira

Mistificar é engodar, mentir, adulterar. A mentira lamentavelmente passou a fazer parte da vida humana como "hábito necessário". Entronizada como se fosse a verdade, essa "mentira aceitável" nos jogos sociais da aparência e da disputa passou a constituir "mal indispensável". 

Tangendo os assuntos do espírito, ela apresenta-se não somente sob os aspectos do comportamento, mas também na interação com o mundo dos espíritos. Pelas vias da mediunidade a mentira tem grassado em todos os tempos. 

Os centros doutrinários, desde os primeiros tempos, se veem de modo mais ou menos intenso envolvidos com o assunto mistificação, aqui entendido como um engodo de um desencarnado sobre um encarnado. 

Quase sempre nesse tema, a mistificação está de braços dados com a mitificação. Mitificar é idolatrar, supervalorizar a palavra dos "mentores" e aceitar cegamente seus conselhos e ensinos, elevando-os à condição de seres infalíveis. A mitificação, presente em grande parte das nossas instituições espíritas, permite a formação de um campo propício à hipnose do raciocínio, levando grupos e médiuns desavisados e incautos a crerem nas mais estapafúrdias e exóticas mensagens e teorias. 

O milenar "instinto" idólatra-mitológico do homem causa-lhe fascínio e motivação até hoje, desde os imemoriais tempos do horizonte tribal. A adoração a "coisas metafísicas e sobrenaturais" sempre consistiu em fator motivador da fé embrionária, em crescente desenvolvimento. Crer nos espíritos, com idolatria, é inerente à bagagem psicológica dos mitos que o homem desenvolveu em usa jornada de lições milenares. Graças a essa sua fé ingênua e exterior tem ocorrido exorbitações e abusos de todo gênero. 

(...)

O misticismo propicia a superstição, a ritualização, o dogmatismo e a fantasia.

A mitificação favorece o fanatismo, o pieguismo e a idolatria.

Ambos, o misticismo e a mitificação, ensejam a ação mistificadora das nossas casas de bem. 

(...)
O movimento espírita padece, sobremaneira, com os escusos processos de mistificação. Imprescindível indagar-nos com clareza: por que não temos encontrado histórias que sejam frutos de vivências, para ilustrar o modus operandi dos mistificadores atuais? Que preventivos os centros espíritas podem se utilizar na formação de médiuns e grupos seguros? Quais atitudes devem tomar os grupos quando são mistificados? (...)

Trecho do capítulo 9, da segunda parte do livro UNIDOS PELO AMOR.
Autor: espírito Cícero Pereira/médium Wanderley Oliveira 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A amortização do sentir para fugir da culpa e suas consequências

(...) De tanto repetir o gesto infeliz de justificarmos os nossos equívocos, como meio de preservarmos a imagem idealizada, muitos de nós nos afastamos da nossa essência e nos tornamos mornos no sentir.

Servimos-nos da razão para criarmos subterfúgios capazes de dissimular as nossas fraquezas. Com isso vamos construindo novas máscaras que nos permitam adiar, o quanto possível, o momento de nos responsabilizarmos pelas nossas escolhas. 

Gregório, personagem da obra Libertação (André Luiz/Chico Xavier) é um exemplo de quantos se refugiaram na razão como meio de negar o sofrimento da consciência afogueada pela culpa. O autor nos apresenta um relato exasperado do personagem considerado o Sacerdote dos Mistérios Negros, que assim vocifera para os servidores do bem:

"(...) também noutra época, acreditei na celestial proteção através da atividade religiosa, nos ideais que hoje te empenhas. Entendi, contudo a tempo, que o trono Divino paira distante demais para que nos preocupemos em alcançá-lo. Não há um Deus misericordioso, e sim, uma Causa que dirige. Essa causa é inteligência, e não sentimento. Encastelei-me assim para não soçobrar."

O discurso do justiceiro ilustra o que ocorre além dos vales da sombra quando os espíritos, decepcionados e se sentindo culpados, perdem a vontade de reagir e optam por estacionar no erro, fazendo da iniquidade sua filosofia de vida. Sem coragem para assumir os próprios equívocos e recomeçar, eles se refugiam na razão para não experimentarem a consciência que acusa a falta através da dor.

Constroem castelos de ilusão para se protegerem e se tornam insensíveis à dor e à culpa. A iniquidade é a verdadeira loucura pois leva o espírito a se estagnar, dificultando o dinamismo da evolução. A acomodação de alguns retarda a marcha geral e, de algum modo, concorre para o avanço do mal.

Jesus disse que por causa da iniquidade o amor de muitos esfriaria*. Isso é algo que podemos observar em larga escala, tanto entre os homens como entre os espíritos.

De tanto evitar o auto-enfrentamento, chegamos a negar até mesmo o caráter profilático da dor. É comum ouvirmos de alguns que não fomos feitos para sofrer. De fato, não fomos mesmo criados para sofrer, mas a dor é o efeito dos nossos atos tresloucados.

Uma vez que tenhamos contrariado a lei natural, seremos chamados a reparar todo mal que tenhamos feito e a dor é o alarme da consciência. Compete-nos, contudo, entendermos a diferença entre dor e sofrimento. A dor é um sinalizador do desvio de rota que tenha acontecido em algum momento de nossa existência; ela visa nos impulsionar a reparar as faltas. Já o sofrimento denota a rebeldia do espírito imaturo, que se recusa a aprender a lição. O sofredor é quase sempre aquele resistente que se sente injustiçado pela vida.

Os sofredores vibram no mesmo diapasão dos espíritos que rejeitam as leis Divinas por considerá-las injustas. Por lei de sintonia, são facilmente influenciado por eles. 

Trecho do livro Mediunidade sem Fronteiras, cap. 11, Razão e Iniquidade, págs. 118 e 119
Autora: Fátima Ferreira. Editora Inede

terça-feira, 14 de julho de 2015

O fracasso dos médiuns - sete lições sobre o assunto

"O texto abaixo é uma versão editada de fragmentos retirados do livro “Os Mensageiros”, de Chico Xavier, por André Luiz, Editora FEB. Trata-se de relatos nos quais médiuns desencarnados que falharam em suas missões e, de volta ao Nosso Lar, apresentam reflexões oportunas a todos nós. Livremente editado por Alexandre Cumino."

PRIMEIRO CASO
“Aos vinte anos de idade fui chamado à tarefa mediúnica… A vidência, a audição e a psicografia que o Senhor me concedera, por misericórdia… Entretanto, apesar das lições maravilhosas de amor evangélico, inclinei-me a transformar minhas faculdades em fonte de renda material… Não era meu serviço igual a outros? Não recebiam os sacerdotes católicos-romanos a remuneração de trabalhos espirituais e religiosos? Se todos pagávamos por serviços ao corpo, que razões haveria para fugir ao pagamento por serviços à alma?

Debalde, movimentaram-se os amigos espirituais aconselhando-me o melhor caminho. Em vão, companheiros encarnados chamavam-me a esclarecimento oportuno. Arbitrei o preço das consultas, com bonificações especiais aos pobres e desvalidos da sorte, e meu consultório encheu-se de gente.

SEGUNDO CASO
Grande número de famílias abastadas tomou-me por consultor habitual para todos os problemas da vida. As lições de espiritualidade superior, a confraternização amiga, o serviço redentor do Evangelho e as preleções dos emissários divinos ficaram à distância. Não mais a escola da virtude, do amor fraternal, da edificação superior, e sim a concorrência comercial, as ligações humanas legais ou criminosas, os caprichos apaixonados, os casos de polícia e todo um cortejo de misérias da Humanidade, em suas experiências menos dignas… E transformei a mediunidade em fonte de palpites materiais e baixos avisos.

– Mas a morte chegou… a ronda escura dos consulentes criminosos, que me haviam precedido no túmulo, rodeou-me a reclamar palpites e orientações de natureza inferior. Queriam notícias de cúmplices encarnados, de resultados comerciais, de soluções atinentes a ligações clandestinas. Gritei, chorei, implorei, mas estava algemado a eles por sinistros elos mentais…


TERCEIRO CASO

Fiz quanto pude – exclamava uma velhinha simpática para duas companheiras que a escutavam atentamente –… mas… e o marido? Amâncio nunca se conformou. Se os enfermos me procuravam no receituário comum, agravava-se-lhe a neurastenia; se os companheiros de doutrina me convidavam aos estudos evangélicos, revoltava-se, ciumento. Que pensam vocês? Chegava a mobilizar minhas filhas contra mim. Como seria possível, em tais circunstâncias, atender a obrigações mediúnicas?
Todavia – ponderou uma das senhoras que parecia mais segura de si –, sempre temos recursos e pretextos para fugir às culpas. Encaremos nossos problemas com realismo. Há de convir que, com o socorro da boa vontade, sempre lhe ficariam alguns minutos na semana e algumas pequenas oportunidades para fazer o bem.  Para trabalharmos com eficiência – tornou a companheira, sensata, - é preciso saber calar, antes de tudo. Teríamos atendido perfeitamente aos nossos deveres, se tivéssemos usado todas as receitas de obediência e otimismo que fornecemos aos outros.


Não executei minha tarefa mediúnica em virtude da irritação que me dominou, dada a indiferença dos meus familiares pelos serviços espirituais. Nossos instrutores, aqui, muito me recomendaram, antes, que para bem ensinar é necessário exemplificar melhor. Entretanto, por minha desventura, tudo esqueci no trabalho temporário da Terra.


Não suportava qualquer parecer contrário ao meu ponto de vista, em matéria de crença, incapaz de perceber a vaidade e a tolice dos meus gestos. Preparei-me o bastante para resgatar antigos débitos e efetuar edificações novas; contudo, não vigiei como se impunha. O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio, orientando-me o raciocínio a melhores esclarecimentos; nossos instrutores me proporcionavam os mais santos incentivos, mas desconfiei dos homens, dos desencarnados e até de mim mesma. Nos estudiosos do plano físico, enxergava pessoas de má fé; nos irmãos invisíveis, presumia encontrar apenas galhofeiros fantasiados de orientadores e, em mim mesma, receava as tendências nocivas. Muitos amigos tinham-me em conta de virtuosa, pelo rigor das minhas exigências; todavia, no fundo, eu não passava de enferma voluntária, carregada de aflições inúteis…  […] o receio das mistificações prejudicou minha bela oportunidade.

– É, minha amiga – tornou a interlocutora –, é tarde para lamentar. Tanto tememos as mistificações, que acabamos por mistificar os serviços do Cristo.


QUARTO CASO

- Faltou-me o amparo da esposa. Enquanto a tive a meu lado, verificava-se profundo equilíbrio em minhas forças psíquicas. A companhia dela, sem que eu pudesse explicar, compensava-me todo gasto de energia mediúnica. Minha noção de balanço estava nas mãos de minha querida Adélia. Esqueci-me, porém, de que o bom servo deve estar preparado para o serviço do Senhor, em qualquer circunstância… 

Quando me senti sem a dedicada companheira, arrebatada pela morte, amedrontei-me, por sentir-me em desequilíbrio e, erradamente, procurei substituí-la, e fui acidentado.   Extremamente ligada a entidades malfazejas, minha segunda mulher, com os seus desvarios, arrastou-me a perversões sexuais de que nunca me supusera capaz. Voltei, insensivelmente, ao convívio de criaturas perversas e, tendo começado bem, acabei mal.

QUINTO CASO
No quadro dos meus trabalhos mediúnicos, estava a recordação de existências pregressas mas existe uma ciência de recordar, que não respeitei como devia.  Sentia, intuitivamente, a vívida lembrança de minhas promessas em “Nosso Lar”. Tinha o coração repleto de propósitos sagrados. Trabalharia. Espalharia muito longe a vibração das verdades eternas. Contudo, aos primeiros contatos com o serviço, a excitação psíquica fez rodar o mecanismo de minhas recordações adormecidas, como o disco sob a agulha da vitrola, e lembrei toda a minha penúltima existência, quando envergara a batina, sob o nome de Monsenhor Alexandre Pizarro, nos últimos períodos da Inquisição Espanhola.

SEXTO CASO
Foi, então, que abusei da lente sagrada a que me referi. A volúpia das grandes sensações, que pode ser tão prejudicial como o uso do álcool que embriaga os sentidos, fez olvidar os deveres mais santos… não estava satisfeito senão com rever meus companheiros visíveis e invisíveis, no setor das velhas lutas religiosas.  Impunha a mim mesmo a obrigação de localizar cada um deles no tempo, fazendo questão de reconstituir-lhes as fichas biográficas, sem cuidar do verdadeiro aproveitamento no campo do trabalho construtivo.

“A audição psíquica tornou-se-me muito clara; entretanto, não queria ouvir os benfeitores espirituais sobre tarefas proveitosas e sim interpelá-los, ousadamente, no capítulo da minha satisfação egoística. “Não faltaram generosas advertências”. Mas, qual! Eu não queria saber senão das minhas descobertas pessoais.

SÉTIMO CASO
“Tínhamos quatro reuniões semanais, às quais comparecia com assiduidade absoluta. Confesso que experimentava certa volúpia na doutrinação aos desencarnados de condição inferior. Para todos eles, tinha longas exortações decoradas, na ponta da língua. Aos sofredores, fazia ver que padeciam por culpa própria. Aos embusteiros, recomendava, enfaticamente, a abstenção da mentira criminosa. Os casos de obsessão mereciam-me ardor apaixonado. Estimava enfrentar obsessores cruéis para reduzi-los a zero, no campo da argumentação pesada. Somente aqui, de volta, pude verificar a extensão da minha cegueira.

“Por vezes, após longa doutrinação sobre a paciência, impondo pesadíssimas obrigações aos desencarnados, abria as janelas do grupo de nossas atividades doutrinárias para descompor as crianças que brincavam inocentemente na rua. Isso, quanto a coisas mínimas, porque, no meu estabelecimento comercial, minhas atitudes eram inflexíveis. Raro o mês que não mandasse promissórias a protesto público. Lembro-me de alguns varejistas menos felizes, que me rogavam prazo, desculpas, proteção. Nada me demovia, porém. Os advogados conheciam minhas deliberações implacáveis. Não conseguia perceber que a existência terrestre, por si só, é uma sessão permanente.
Passei para cá, qual demente necessitado de hospício. Tarde reconhecia que abusara das sublimes faculdades do verbo. Como ensinar sem exemplo, dirigir sem amor?  Entidades perigosas e revoltadas aguardaram-me à saída do plano físico… 

[…] alguns bons amigos me trouxeram até aqui. E imagine o irmão que meu Espírito infeliz ainda estava revoltado.
– Desde então, minha atitude mudou muitíssimo, entendeu?

“... a multiplicidade de fenômenos e as singularidades mediúnicas reservam surpresas de vulto a qualquer doutrinador que possua mais raciocínios na cabeça que sentimentos no coração.”


Texto original neste link: http://zip.net/btrCgN

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Neste domingo, dia 5, lançamento do MEDIUNIDADE SEM FRONTEIRAS em Olinda

Amigas e amigos,
no próximo domingo, dia 5 de julho, a partir das 9h, será lançado no Instituto Allan Kardec/Lar Ceci Costa, em Olinda, o livro MEDIUNIDADE SEM FRONTEIRAS. A obra foi lançada no último mês de março, em Belo Horizonte/MG, pela Editora Inede.

O livro foi construído a partir das experiências realizadas pelo grupo mediúnico do Instituto Espírita de Estudos e Divulgação do Evangelho - Inede, casa esta sediada na capital mineira, que foram ordenadas por uma das trabalhadoras da instituição, Fátima Ferreira.

MEDIUNIDADE SEM FRONTEIRAS é um relato do papel da mediunidade na transformação direta do ser, tendo como base o Evangelho do Cristo.

A partir de experiências de alguns nomes do Cristianismo, como Paulo de Tarso, Pedro, João Evangelista, a autora nos convida a reflexões sobre o papel do intercâmbio mediúnico nesse momento de transição planetária, principalmente, para àqueles que possuem de forma mais aguçada a faculdade.

Será que MEDIUNIDADE é apenas um instrumento para recebermos outros espíritos? De que forma ela pode e deve influenciar na melhoria íntima de quem a possui? Qual o reflexo da "conexão" entre médiuns e desencarnados no mundo íntimo do medianeiro? Por que temos tantas dificuldades em promover nossas auto reformas mesmo tendo acesso a uma doutrina imortalista como o Espiritismo?

Essas são algumas das indagações que a obra nos traz e que nós que fazemos o Grupo Espírita Esperança - Gespe, de Camaragibe, convidamos vocês a conhecerem no próximo domingo.

O evento conta com a participação da Fátima Ferreira e é aberto ao público.
Esperamos vocês!
Gespe



domingo, 28 de junho de 2015

As provas da convivência

Aproximá-los foi algo relativamente fácil, pois eles se reencontraram antes, por diversas vezes, nos palcos da existência. Pelos laços do afeto ou motivados por antagonismos, de um modo ou de outro, caminharam juntos antes mesmo de terem passado algum tempo, lado a lado, quando da preparação no Hospital Esperança de onde partiram para reencarnar.

Uma vez reunidos num mesmo centro espírita na capital mineira, instituição que leva no nome o estandarte do evangelho como símbolo, eles rapidamente se mobilizaram. Em pouco tempo conseguiram materializar as primeiras obras literárias destinadas a promover reflexões acerca de temas importantes para a edificação de uma nova mentalidade, menos religiosista e mais humanista, bem aos moldes dos objetivos educacionais do cristianismo, o qual prevê, entre outras coisas, a alteridade, a descentralização e a humanização das relações.

O grupo encarregado reunia as características essenciais para dar início à empreitada. Alguns tinham visão estratégica; outros o pensamento ágil; outros, ainda, a operosidade necessária para a ousada tarefa. Restava saber como se comportariam em relação aos desafios da convivência. Nisso residiria o sucesso do projeto.

Precisariam, acima de tudo, mostrarem-se capazes de agir para desalgemar o evangelho dos conceitos, a fim de trazê-lo para as próprias atitudes. Sem isso, repetiriam o velho hábito de ensinar sem antes terem assimilado plenamente a lição. Não dispondo da força necessária do exemplo, eles não obteriam a sinergia necessária para despertar nos outros grupos o desejo de fazer o mesmo. Por isso, o teste da convivência era algo tão expressivo para o sucesso do tentame.

Livro Mediunidade sem Fronteiras, cap. 18, págs. 184 e 185.
Autor Fátima Ferreira, Editora Inede

LANÇAMENTO NO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 5 DE JULHO


domingo, 21 de junho de 2015

A gravidade do momento planetário - a responsabilidade dos médiuns

A espiritualidade nunca precisou tanto da cooperação dos médiuns como agora. É tempo para que os espíritos, em parceria com os homens, trabalhem pela desoneração do psiquismo adoecido do orbe, o qual adentra uma fase decisiva do processo de transição.

Há determinados trabalhos de desobsessão cuja solução demanda grandes articulações, as quais podem se arrastar por dias ou meses, o que requer planejamento e cuidados especiais por parte dos benfeitores. Por isso, eles precisam contar com médiuns dispostos a oferecer a necessária prontidão psíquica. 

Face à extensão das múltiplas demandas espirituais é preocupante a defasagem entre o número dos médiuns que se encontram em condição de cooperar e o volume de trabalho a ser realizado, dificultando, sobremaneira, a ação dos trabalhadores espirituais.

Holocaustos, terremotos, chacinas, tráfico, violência, presídios incendiados, disputas políticas fomentadas pelo ódio são, tao somente, alguns dos reflexos da realidade espiritual na qual estamos mergulhados.

A situação é grave e assemelha-se a verdadeira praça de guerra. No entanto, a massa humana insiste em viver embalada na crença de que, após o túmulo, encontrará o descanso eterno ou um plano espiritual de refazimento das lutas terrenas. Isso quando não seja o caso dos que acreditam não haver nada após a morte. 

(...) Seria ingenuidade de nossa parte pensar que a negação da existência do mal nos permitirá ver-mo-nos livres dele. De igual modo agem os que evitam falar na morte, pelo receio de atraí-la.

(...) Num campo de guerra quase nunca há médicos em número suficiente para atender os feridos. Isso obriga aqueles que estejam em melhores condições ter de se mobilizarem para aliviar os mais necessitados.  

LANÇAMENTO EM OLINDA DIA 5 DE JULHO



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mediunidade sem Fronteiras será lançado em Olinda no dia 5 de julho

"O exercício de discernir os espíritos poderá contribuir para o autodescobrimento do medianeiro, desde que ele saiba como agir. Espera-se que o médium possa sentir os espíritos, ao invés de simplesmente percebê-los, através do impacto emocional que a sua aproximação produz nele".

Esse é um pequeno trecho do capítulo 6, do livro MEDIUNIDADE SEM FRONTEIRAS, lançado pela Editora Inede, de Belo Horizonte/MG.

No dia 5 de julho a autora da obra, Fátima Ferreira, estará no Instituto Allan Kardec, em Olinda, para fazer um seminário de lançamento do livro.
A entrada é franca e você é nosso convidado. 

Gespe


domingo, 7 de junho de 2015

Mediunidade e autodescobrimento

Na sua maioria os espíritos reencarnados são aqueles que, tendo maturidade espiritual suficiente para permanecer na Terra regenerada, ainda são reféns da lei de justiça. Passam presentemente pelos necessários testes de aferição, nos quais terão de demonstrar aptidão para resistir ao mal, ou então não apresentarão a vibração energética compatível com o psiquismo menos adensado que vige nos mundos regenerados.

Não é difícil entender porque a mediunidade assume papel ainda mais decisivo nessa hora em que os encarnados são disputados tanto pelo bem, como pelo mal. 

Essas almas já receberam várias oportunidades, nas quais poderiam ter feito a diferença, mas insistem em adiar o momento de desapegar-se de exterioridades, ainda insistem em ignorar tal necessidade. Com isso, folgam com o bem, tornando-se presas fáceis dos espíritos que, como eles, não pretendem abrir mão dos prazeres, desde os mais vis até os que nos pareça, inocentes deliberações do livre arbítrio.

Sabemos identificar o mal fora e achamos que isso é o suficiente. Entretanto, com maior frequência ainda não conseguimos reconhecer a manifestação do mal em nós, a influenciar as nossas escolhas. A mediunidade apresenta-se como oportunidade de abalarmos a visão distorcida que fazemos de nós mesmos, na medida em que nos coloca em contato mais próximo com o mundo interior, estrada que nos leva até a verdade.

O exercício de discernir os espíritos poderá contribuir para o autodescobrimento do medianeiro, desde que ele saiba como agir. Espera-se que o médium possa sentir os espíritos, ao invés de simplesmente percebê-los através do impacto emocional que a sua aproximação produz no médium. 

O transe é uma extensão do médium, o qual faz leituras energéticas do espírito a partir das referências energéticas que possua de si próprio. Há uma projeção ou espelhamento do mundo íntimo do espírito na intimidade do médium. Os nossos sentimentos servem para validar as impressões que recolhemos do mundo exterior por meio dos sentdos. Isso faz com que o médium consiga ter uma percepção clara das intenções do espírito, desde que, é claro, o médium saiba reconhecer o seu próprio modo de sentir.   

Não basta conhecermos a problemática do outro se não formos capazes de perceber os impactos de tal realidade na nossa intimidade. A honestidade será determinante para sentirmos a nós mesmos tal como nos encontramos, pois, escondidos por detrás de máscaras que nos permitem passar por quem ainda não somos, dificilmente perceberemos as reais intenções do outro.

Trecho do capítulo 6, Mediunidade em Tempos de Transição, págs. 61 e 62.
Livro Mediunidade sem Fronteiras, Editora Inede.
Autora: Fátima Ferreira 

Lançamento no Recife dia 5 de julho.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Educação mediúnica - pensar ou sentir mediunidade?

Instituiu-se uma cultura de educação mediúnica, a qual ainda privilegia os pressupostos da educação formal embasada na aprendizagem cognitiva. Esse método, porém, tem lá seus inconvenientes, principalmente por tratar-se da educação do espírito que, como sabemos, aprende na medida em que pulsa o sentimento no mesmo diapasão em que vibra o pensamento.

Ao colocar-se na condição daquele que precisa arbitrar sobre o que seja conteúdo seu, do que seja dos espíritos, e ao ter de filtrar comportamentos condizentes com o que se espera dos médiuns, estes acabam por descuidar da essência que efetivamente interessa. Sem a necessária espontaneidade para permitir ser quem ele é, torna-se ainda mais difícil para o médium avaliar o campo vibracional do espírito.

O médium conseguirá ser ele mesmo e sentir-se seguro na medida em que conheça a si próprio, algo que será tão mais intenso quando mais ele encontrar no grupo as condições ideais.

Trecho do capítulo 4, a Mediunidade sob o Alqueire, págs. 53 e 54.
Autor: Fátima Ferreira. Editora Inede.

domingo, 17 de maio de 2015

A disputa pela posse da verdade - os perfis humanos

No conturbado julgamento de Jesus, Pilatos, o representante de César, deu sinais de estar confuso entre a necessidade de agradar a multidão ou acolher a voz da consciência, a qual certamente instigava-o a reconhecer que se encontrava diante de um poder superior. 

Possivelmente vivenciou instantes de angústia. Entretanto, porque não conseguiu ultrapassar os limites do intelecto, o qual lhe lembrava dos seus interesses imediatos, cedeu ao apelo da massa humana. Esta, por deixar-se levar pelas paixões, permite-se com maior frequência as escolhas equivocadas. 

(...) Sem o fermento do amor, o apego desmedido à filosofia converte-se em fanatismo; a necessidade de tudo comprovar pela razão transforma-se em descrença; e sem a religiosidade que nos reconecta com Deus sentimo-nos desamparados e caminhados ás cegas, motivados pela descrença ou pelo fanatismo, ambos impeditivos da nossa evolução.(...)

Caifás personificou o fanatismo. Os fanáticos apegam-se às suas crenças como se fossem as únicas possíveis, com total exclusão de qualquer outra. Fecham-se para novas possibilidades e, com frequência, tornam-se intolerantes. A falta de visão plural leva-os a estacionar nos seus pontos de vista. Com isso, além de não caminhar, emperram a marcha dos outros. 

Os fanáticos são homens apaixonados que sem terem aprendido a amar, ainda tomam emoções e sensações como se fossem sentimentos profundos. Entusiasmados eles se apegam facilmente às crenças superficiais como se fossem o objetivo de suas vidas. Mas, porque as suas crenças são frágeis, mostram-se impotentes para sustentá-las nos momentos de aferições. Por isso, não raro, tendem a resvalar para o extremo oposto, a descrença. (...)

Herodes Agripa agiu como os incrédulos em geral que, desacreditados da religião, apegam-se aos sentidos e desprezam tudo o que não possa ser comprovado pela razão. Orgulhosos, duvidam não porque discordem, mas porque não se dignam sequer a analisar , uma vez que acreditam ter superado a frágil visão dos crentes.

Entre uma e outra posição situa-se a grande massa dos indecisos ou mornos que, a exemplo de Pilatos, oscilam entre crer e descrer. Alienados ficam à mercê da influência dos outros. A dúvida é para estes a pedra de tropeço, pois no receio de errar, optam por não arriscar e permanecem à margem. Não caminham e não promovem o avanço geral.

Quando chegam a tomar consciência dos equívocos cometidos, contraem-se na culpa numa tentativa de esconder-se da luz que insiste em alcançá-los. Esse movimento de contração da culpa projeta-se em atrofias morais as quais reverberam nas existências seguintes. 

Veem muitas vezes daí os reflexos da baixa autoestima, a qual dá origem a várias disfunções do sentir, algo que afeta boa parte da humanidade. Na tentativa de escapar da baixa autoestima muitos procuram obter sucesso a qualquer custo, sem perceberem que repetem a tentativa equivocada de expandir o ego. 

*Trecho do livro Mediunidade sem Fronteiras, cap.3, A disputa pela posse da Verdade, págs 37 a 39.
Editora Inede. Autora: Fátima Ferreira

terça-feira, 12 de maio de 2015

O trabalho mediúnico e o Festim de Núpcias: vivendo a imortalidade desde já

... A assiduidade às reuniões mediúnicas e tampouco a docilidade passiva dos médiuns não serão suficientes para as realizações espirituais de vulto, quando não sejamos capazes de desejar ardentemente priorizar os interesses espirituais. As necessidades imediatas tendem a nos consumir todo o tempo e disponibilidade psíquica, de modo que não sobra espaço para alimentar a fé.
 
Não se trata somente de tempo e experiência acumulados no trato com os conhecimentos espirituais, mas sim, de força de vontade firme. Há médiuns que mal chegaram à casa espírita e mostram-se dotados de determinação maior, do que muitos que se encontram há décadas no preparo e nunca saem do lugar.
 
Não se trata igualmente de aguardar o chamado do Alto para tarefas de envergadura, pois é o trabalhador que precisa fazer-se escolhido. Quando nos deparamos com trabalhadores preocupados em procrastinar o atendimento das questões de ordem espiritual, alegando a necessidade de priorizar as obrigações familiares e profissionais, recordamo-nos da clareza do alerta contido no Festim de Bodas. As justificativas dos convidados ausentes ao festim retratam fielmente esta dificuldade humana de priorizar os interesses da vida imediata. Como na passagem, o comércio e a casa de campo simbolizam na nossa vida a atividade profissional e o lazer, embora ambos legítimos.
 
Certamente não podemos negligenciar as responsabilidades que nos competem junto à família e à sociedade, até porque há muitos que costumam refugiar-se nos núcleos religiosos, como no centro espírita, para evadir-se dos testemunhos a que foram chamados pela reencarnação. Entretanto é ainda maior o número dos que se servem dessas obrigações como pretexto para procrastinar o processo educacional.
 
Esses últimos agem como se o tempo estivesse a nosso favor. Deliberam adiar para as próximas reencarnações compromissos que poderiam torna-lhes a vida presente mais atribulada. Com isso demonstram total desconhecimento do que representa estar reencarnado numa época de transição planetária. Daqui por diante deverão reencarnar na Terra tão somente os espíritos que já consigam mostrar-se capazes de fazer o bem no limite das forças. Afinal, são eles os mansos que, de acordo com Jesus, herdariam a terra.
 
Percebe-se que já não basta evitar o mal, mas muitos continuam procrastinando o instante das transformações significativas. Não nos tornaremos espíritos após a morte física, até porque somos todos espíritos temporariamente revestidos de um corpo. O que resta é aprendermos a viver a imortalidade desde já.
 
Trecho do capítulo Mediunidade Sustentável, págs. 57 e 58, livro Mediunidade sem Fronteiras.
Autor: Fátima Ferreira. Editora Inede.
 

sábado, 18 de abril de 2015

Os abismos subcrostais e a ovoidização do espírito


(...) - Compreendo Heitor, e muito lhe agradeço pelos ricos apontamentos. Porém, se me permite aproveitar o ensejo pra enriquecer minha acanhada bagagem de conhecimentos, gostaria de entender melhor o que se passaria com o nosso querido Adamastor se ele tivesse sido, de fato, lançado nos terríveis abismos subcrostais. Hoje não o teríamos conosco?
- Sim, a irmã tem razão em suscitar essa questão, útil para dilatar a nossa compreensão da mecânica divina que nos dirige. Entendemos que o espírito não morre jamais, Adelaide, porém ele pode experimentar um prolongado mergulho na inconsciência, fato que denominamos de segunda morte
(...)
- Pois então, a irmã já entendeu que os espíritos atirados nos desfiladeiros fatais, onde somente chega a providência divina, encontram normalmente a morte temporária da consciência, transformando-se em cistos humanos, como único recurso de evadirem-se da excruciante realidade em que se aprisionam. Raros conseguem resistir aos sofrimentos impostos pelos embates físicos das profundezas, sem se recolherem na contração da forma, uma verdadeira involução. Poucos, aqueles que detêm méritos para isso são socorridos a tempo por abnegadas entidades assistenciais antes do mergulho nas trevas interiores. E, como você já sabe, o ovóide, espírito regredido na forma, muito tardará a recuperar-se, sofrendo graves prejuízos evolutivos.
(...)
- Compreendemos perfeitamente que o espírito embrutecido, estado no qual me
encontrava, é suscetível de sofrer as injunções da matéria densa, quando atirado nessas fendas entremeadas entre o campo físico e o plano espiritual inferior. Encarcerado na escuridão, sob calor intenso, ele experimenta a escassez de oxigênio, o peso e a rudeza das rochas, sentindo-se verdadeiramente imobilizado. Trauma que poderá ser depois vivenciado por muitos séculos, como as claustrofobias aparentemente injustificáveis que integram as anomalias psíquicas do homem comum. Somem-se a isso a enorme solidão e a mais completa desesperança, pois descrente da interferência divina, acredita-se irremediavelmente perdido. Nessa extrema condição de sofrimento, sua única possibilidade é impor-se a segunda morte, anulando o seu metabolismo consciencial.

Trecho do livro "Tabernácuo Eterno", capítulo 11, págs. 94 e 95. Editora Inede
Espírito Adamastor / médium Gilson Freire.

terça-feira, 24 de março de 2015

Cíência espírita: uma parceria entre médiuns e espíritos

Fazer ciência espírita confiando indiscriminadamente nos espíritos não é correto, além de ser perigoso, como já sublinhei anteriormente. Do lado de cá da vida, vicejam mistificadores tanto quanto ai, do lado dos meus irmãos. É preciso desconfiar sempre, perguntar mais, aprofundar-se mais ainda na análise dos resultados, na metodologia, no estudo, para que a prática seja coerente a ponto de ser respeitada até mesmo por aqueles que se colocam como detratores do espiritismo.
 
A prática alicerçada em sabedoria e no conhecimento dos campos energéticos e espirituais, bem como da estrutura fisiológica e das patologias envolvendo os diversos corpos de manifestação do espírito, aumenta nos adeptos a convicção de que estão sob a tutela superior. Mais ainda, deixa claro que a ciência do espírito está fundamentada em fatos, e não em opiniões isoladas de espíritos que pretendem chamar mais atenção para o fenômeno do que para a realidade da ciência espiritual.
 
Durante o tratamento espiritual pode-se muito bem pedir, à entidade que está prestando o atendimento, esclarecimentos sobre o método e a necessidade de certos instrumentos ectoplásmicos, por exemplo. E por que não indagar a respeito dos resultados, nem sempre satisfatórios aos olhos de quem observa? Pesquisar, estudar sempre, aprofundar-se no conhecimento das leis do magnetismo, previamente às explicações concedidas e a partir delas, será muito proveitoso para o desenvolvimento de meus irmãos estudiosos da espiritualidade.
 
Imaginemos que, antes de cada procedimento espiritual, fosse utilizado o magnetismo, visando dobrar o paciente, e logo depois o espírito atendente lançasse mão dos procedimentos habituais. Veriam como os resultados dos tratamentos seriam multiplicados em qualidade e profundidade. Outro benefício dessa prática é que se deixaria de dar mais atenção e valor exclusivamente ao espírito incorporante ou incorporado, na medida em que meus irmãos teriam um papel preponderante na obtenção dos efeitos e na metodologia empregada. Isso a um só tempo estimularia a equipe e exigiria dela a especialização em temas do magnetismo e da fisiologia espiritual, com resultados de fato mais profundos, confiáveis e estáveis, em relação à recuperação dos consulentes. 
 
(...) É muito importante uma ação conjunta entre trabalhadores e espíritos que os dirigem, com o máximo de diálogo e conhecimento das situações que estão sendo abordadas. Esse é o tipo de parceria muitíssimo desejado e incentivado por aqueles espíritos mais esclarecidos, que são responsáveis perante a espiritualidade maior. 
 
Junte-se a esse quadro a consulta ao mentor espiritual do indivíduo que se submete ao tratamento, pleiteando acesso a seus registros reencarnatórios. Então se entenderá melhor quando alguém adoece devido aos erros do passado recente, aos hábitos adquiridos, ou em razão de equívocos remotos, forçando a culminância do resgate necessário. Até mesmo se verá quando tais enfermidades são programadas no período entre vidas, compreendendo por que é desaconselhável curá-las, uma vez que consistem numa forma de restringir os abusos da alma que se diz sofredora, embora seja apenas cativa, em caráter temporário. Muitas vezes temos diante de nós criminosos do passado, disfarçados de uma roupagem humana, que denota sofrimento e desperta comiseração tão somente em quem não pode enxergar o interior e a mente dos que buscam auxílio - ou melhor: na maioria dos casos, alívio.

*Do livro "A Alma da Medicina", espírito Joseph Gleber / médium Robson Pinheiro
Capítulo 23 - Fisiologia espiritual: a alma sob análise profunda.

domingo, 22 de março de 2015

Desmitificando a realidade espiritual - o desafio educacional dos médiuns


(...) Tomar consciência da realidade espiritual como ela efetivamente é, e não como gostaríamos que fosse, poderá ajudar-nos a desiludir e assim avançarmos mais rapidamente. E por mais que possam ajudar, não serão informações ou esclarecimentos doutrinários que nos permitirão um novo padrão energético. Isso só acontecerá a medida que optarmos por uma mudança de postura diante da vida. Mudança que envolve desde a aceitação das nossas fragilidades, a ruptura om comportamentos que não sejamos capazes de sustentar em quaisquer circunstâncias, até a manutenção do foco na construção das virtudes que almejamos desenvolver.
 
Sem que estejamos em paz com a nossa intimidade será difícil adquirirmos autoridade moral, por menor que seja, para olharmos frente a frente a realidade sem medo de sermos descobertos pelo olhar observador dos justiceiros, os quais enxergam além das aparências.
 
O desafio dos médiuns é educacional, mas com uma educação que vem de dentro e não de fora. O que permitirá que novos hábitos sejam adotados é o firme propósito de ancorarmos nosso foco naquilo que pretendemos atingir. Somente assim teremos forças para vencermos nossas viciações.
 
*Livro Mediunidade sem Fronteiras, autora Fátima Ferreira.
Educação Mediúnica, cap. 7 - Desmitificando a realidade espiritual.