domingo, 21 de outubro de 2012

Zoantropia não é novidade mediúnica


Questão séria, para a qual gostaríamos de pedir atenção, é a da zoantropia, mais comumente citada como licantropia, O autor trata detalhadamente desse assunto, com proficiência. A propósito, recor­damos o livro “Libertação”, de André Luiz: quando os originais fo­ram-nos enviados, o Diretor incumbido da análise Inicial dessas páginas mediúnicas considerou um tanto “exageradas” umas afir­mativas e detalhes pertinentes a um caso de licantropia. Pediu con­firmação ao Espírito e recebeu, como resposta, uma carta do médium F. C. Xavier, em que transmitia a solicitação do autor espiritual, no sentido de retirar dos originais aquelas palavras que lhe haviam suscitado dúvidas, com a explicação seguinte: “Se o nosso amigo não pôde admitir isso, é sinal que precisamos aguardar outra opor­tunidade, pois os leitores, com maior razão, também não admitirão.” As palavras da carta do médium eram aproximadamente essas, mas o sentido exatamente esse.

Mas o comentário particular de Chico Xavier, a pessoa que nos merece a maior credibilidade, foi este: “E na verdade, mesmo com a parte que André Luiz sugeriu fosse eliminada do texto, as coisas ainda ficavam bem longe da realidade, que é bem pior do que pensamos.” (grifo do blog)

Trecho do cap. Doutrinação e Desobsessão.
Texto de Francisco Thiessen 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em abril de 2013 ...

Em ABRIL DE 2013 
você será nosso convidado para um dia de reflexão 
sobre os novas abordagens da mediunidade neste momento de Transição Planetária.
Aguarde!!!



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Raios, ondas, médiuns e mentes ...


E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.


Cada criatura com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se Identifica. Semelhantes verdades não permanecerão semiocultas em nossos santuários de fé. Irradiar-se-ão dos templos da Ciência como equações matemáticas.

E enquanto variados aprendizes focalizam a mediunidade, estudando-a da Terra para o Céu, nosso amigo procura analisar-lhe a posição e os valores, do Céu para a Terra, colaborando na construção dos tempos novos.

Todavia, o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenômenos.

Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida. (...)

Cada médium com a sua mente.
Cada mente com os seus raios, personalizando observações e Interpretações.
E, conforme os raios que arremessamos erguer-se-nos-á o domicilio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.
Isso, em boa síntese, equivale ainda a repetir com Jesus:
– A cada qual segundo suas obras.

EMMANUEL

Introdução do livro “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz/Chico Xavier

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos

Sempre é bom a gente recordar o conteúdo das obras que embasam a doutrina que nós dizemos abraçar. A gente lê uma vez e acha que já apreendeu tudo o que estava contido ali. 
 
No caso do Livro dos Espíritos, cada vez que a gente voltar a ele vamos encontrar algo que parece que "está ali pela primeira vez". '@-@ me ache
Por que será que eu não percebi isso antes? Porque não estava na hora de ver. :-? pensando
Vamos então relembrar algumas perguntas contidas no CAPÍTULO IX, DA INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPORAL. No subtema: "Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos".
466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?
“Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas, outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que
restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.”
É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.
467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

468. Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a vontade do homem repele?
“Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.”

469. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?
“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-
-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”

470. Os Espíritos, que ao mal procuram induzir-nos e que põem assim em prova a nossa firmeza no bem, procedem desse modo cumprindo missão? E, se assim é, cabe-lhes alguma responsabilidade?
“A nenhum Espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às conseqüências. Pode Deus permitir-lhe que assim proceda, para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento. Compete-vos, pois, repeli-lo.”

471. Quando experimentamos uma sensação de angústia, de ansiedade indefinível, ou de íntima satisfação, sem que lhe conheçamos a causa, devemos atribuí-la unicamente a uma disposição física?
“É quase sempre efeito das comunicações em que inconscientemente entrais com os Espíritos, ou da que com eles tivestes durante o sono.”

472. Os Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se limitam a aproveitar as circunstâncias em que nos achamos, ou podem também criá-las?
“Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também costumam criá-las, impelindo-vos, mau grado vosso, para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas, eles podem inspirar ao homem a idéia de tomar aquela direção e sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada,
enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as demais tentações.”

domingo, 22 de abril de 2012

Pintura mediúnica

Após o almoço, o público vai participar de um momento especial com José Jaques. Ele, que é alagoano e tem 67 anos vai promover pinturas mediúnicas. O blog publicou um pouco mais sobre a atividade e a história dele, que é surdo e pinta desde os três anos.
Vale a pena conferir: http://intermedium-gespe.blogspot.com.br/2012/04/pintura-mediunica-de-jacques-no.html

Sobre obsessão





Pedro Camilo palestrou neste momento sobre "Mediunidade e obsessão: a sintonia pelos sentimentos". Durante sua apresentação, falou da responsabilidade que o médium possui ao abrir espaço para a aproximação dos espíritos e os reflexos dessa permissividade.

“Os espíritos sugerem que caminhos devemos seguir, mas nós temos o livre-arbítrio para decidir se iremos ou não”, falou. O tipo de influência que sofremos acontece de acordo com nossos pensamentos, nossa faixa de vibração, atitudes e decisões próprias porque atrairemos aqueles que tiverem afinidades com nossa conduta.

A obsessão pode acontecer de diversas formas, seja oriunda de um ser encarnado ou não, intencional ou não. Por isso, a máxima do orai e vigia é importante. “Ela ocorre por telepatia, vampirismo, fixação mental, ectoplasmia, hipnose, entre outras formas”, explicou. O médium, diante de sua possibilidade de contato com os seres desencarnados, devem, ainda mais, ficar atentos para que não se percam no trabalho. De forma geral, alguns sentimentos merecem que tenhamos, diariamente, total vigilância “inveja, ambição, paixão e ciúme”, disse.

Caminhos da humildade


A abertura deste segundo dia de Intermédium foi comandada pela mineira Fátima Ferreira, que abordou o tema “Mediunidade: exercício de humildade e caridade”. O tema integra a discussão maior sobre conduta que deve ser adotada pelos médiuns e também a relação entre dirigentes de casas espíritas e eles.

“O médium gosta de aplauso e de reconhecimento. E nós precisamos estar cientes que, cada vez que enaltecemos o trabalho do médium, podemos estar inflando as estrelinhas do ego”, alerta Fátima, que destacou trouxe trecho da obra O Consolador como caminho para a humildade: “Evangelizar a si  mesmo e afastar o fantasma do personalismo”.

Fátima falou também sobre o papel do dirigente no desenvolvimento mediúnico. Ela apresentou ao público situações em que o médium, envolvido em orgulho e vaidade, começa a desviar de seu propósito. “Ele precisa sair da conduta de passivo. Ele precisa ser consciente e, para isso, tem que rever sua conduta no dia a dia”, disse. Por fim, apontou os caminhos para chegar à humildade: combate à desilusão, reconhecimento de limites e conscientização.

Mudando com a mediunidade


A última palestra deste sábado de 5º Intermédium foi liderada pelo baiano Pedro Camilo. Durante 1h30, ele falou sobre “Mediunidade – oportunidade de transformação”, compartilhando com o público informações sobre a vida e obra de Yvonne Pereira e citando-a como exemplo de trabalho mediúnico.

A médium, intermediária de obras importantes na comunidade espírita, sempre defendeu que possuir tal sensibilidade não é presente e, muito menos, forma de se colocar acima de outras pessoas. É, sim, instrumento de transformação. Yvonne, em suas existências na vida terrestre cometeu dois suicídios. Na última encarnação, desenvolveu sua mediunidade e psicografou “Memórias de um suicida”, obra que se tornou referência no tema.

Sobre o livro, Pedro desmistificou o preconceito que se tem com o título. “Não entendo o porquê de reagir dizendo que é um conteúdo pesado. Um amigo já o leu 20 vezes. Para o esclarecimento, é preciso verdade”, destacou, afirmando que a obra foi importante para evitar suicídio de algumas pessoas.

Foi nesta encarnação, regada a privações e desafios, que Yvonne transformou não só sua vida, mas o conceito que se tem do médium. “Ela foi gente como qualquer um de nós, sem ilusões. Não são melhores e nem superiores”, afirmou. Reafirmando sua fala, Pedro reproduziu ainda quatro características de um bom médio: seriedade, modéstia, segurança e devotamento.

sábado, 21 de abril de 2012

Tarde no Intermédium


Está marcado para 14h o retorno às atividades deste 5º Intermédium. Após as palestras de Iracema Lins e Fátima Ferreira, os participantes serão convidados a assistir à palestra de Pedro Camilo. Ele vem da Bahia para falar sobre "Mediunidade e Obsessão: a sintonia pelos sentimentos". Às 16h, o Teatro Guararapes vai receber os palestrantes do dia em um momento de debate com o público. O encerramento da programação de hoje acontece às 18h.


Pedro, aliás, concedeu entrevista para o blog e você pode ler aqui: http://intermedium-gespe.blogspot.com.br/2012/04/escritor-baiano-resgata-vida-e-obra-de.html.


Avaliação


 Uma citação durante a palestra de Iracema Lins será postada aqui como forma de desafio a nós mesmos. É um exercício diário proposto por Agostinho, que diz:

“Exame de consciência para identificar os pontos a serem melhorados, fraquezas e más tendências em busca da reforma íntima”

Que tal começarmos a tentar hoje mesmo?

Conhecer a si mesmo



O conhecimento de si mesmo sob o viés da mediunidade. Foi esse o foco da palestra de abertura do 5º Fórum de Debates sobre a Mediunidade em Pernambuco – Intermédium, que acontece hoje e amanhã no Centro de Convenções. Comandada por Iracema Lins, a explanação abortou a importância do conhecimento interior quando se tem aflorada a sensibilidade.



“Quando nos conhecemos, percebemos, ao encontrar alguém ou estamos em algum ambiente, se aquela carga enérgica nos pertence”, afirmou. Ela defendeu que a mediunidade não deve ser ignorada, que aqueles que a possuem devem conhecê-la para lidar com a sensibilidade e também saber utilizá-la durante a encarnação.

“A mediunidade faz parte da vida, é algo natural e precisamos saber lidar com o invisível”, continuou, explicando a necessidade de educar nossos sentidos e enxergar além do que nosso corpo permite vê. “Quando passamos a ter compreensão das coisas, vemos que os fatos começam a ter sentido, a ter razão de existir. Nossa visão sobre as situações começa a ir além”, disse Iracema.

A partir da aceitação da mediunidade, o desafio do médium é conquistar o discernimento na função de ponte entre o mundo espiritual e encarnado. “O auto-conhecimento dá à criatura sabedoria suficiente para que saiba julgar a si próprio, pré-requisito para poder atender os outros”. A afirmação de Hammed foi utilizada durante a palestra como forma de mostrar o caminho para a reforma íntima. É conhecer sua personalidade, qualidades e defeitos e saber diferenciá-la no campo mediúnico. E isso acontece quando damos espaço em nossa vida para nos conhecer, para avaliar pensamentos, atitudes, posturas e ações que praticamos no dia a dia. 


Texto: Tacyana Viard | Foto: Alana Moreira

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Escritor baiano resgata vida e obra de Yvonne do Amaral



“Foi amor à primeira vista”. É assim que o escritor Pedro Camilo descreve sua relação com Yvonne do Amaral Pereira. Foi em 1999 que ele descobriu a história da médium carioca quando realizava uma pesquisa para uma palestra. De lá para cá, Pedro Camilo já escreveu os livros “Devassando a Mediunidade” e “Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa”. Abaixo, você confere um trecho* da entrevista que o escrito baiano concedeu, via e-mail, ao Intermédium Notícias.
 

Como e quando surgiu seu interesse pela vida e obra de Yvonne Pereira?

O interesse pelo a vida e obra de Yvonne do Amaral Pereira surgiu pelos idos de janeiro de 1999, quando pesquisava sobre mediunidade na adolescência para preparar uma palestra. Topei com a biografia dela e foi “amor à primeira vistaa”!

Entre artigos e livros, quantos materiais sobre ela você tem publicados? Quais os que você destaca?

Muito material publiquei na Revista Universo Espírita, hoje extinta. Tenho os livros “YVONNE PEREIRA: UMA HEROÍNA SILENCIOSA” e “DEVASSANDO A MEDIUNDIDADE”, de minha autoria. “PELOS CAMINHOS DA MEDIUNIDADE SERENA” que contém entrevistas e artigos da médium e que foi organizado e prefaciado por mim, bem como, o capítulo “Yvonne Pereira: literatura a serviço do Bem”, no livro PESQUISAS SOBRE O ESPIRITISMO NO BRASIL.

Apesar de Yvonne ser o pano de fundo de suas obras, o que as diferencia?

Procuro estudar a vida e a obra de Yvonne Pereira abordando o tema mediunidade, sempre. Passo em revista sua  experiências e sua vasta contribuição, resgatando conceitos e realizando estudos em torno desse instigante tema.

Quais fontes de estudo e pesquisa você utiliza para conhecer mais sobre Yvonne e escrever?

Utilizei seus livros, entrevistas gravadas e o depoimento de amigos e familiares. Atualmente, trabalho num projeto que pretende estudar conceitos deixados por ela nas cartas que escrevia. Já tenho, comigo, 100 páginas de cartas escritas por ela e espero que outras cheguem a minhas mãos, através dos muitos corações que se corresponderam com ela.

No plano espiritual, Yvonne presta atenção especial a suicidas. A quê, em sua opinião, se deve esse trabalho?

Ela cometeu suicídio em duas encarnações. Foi médium do livro MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, do Espírito Camilo Castelo Branco e, com essa obra, ajudou a prevenir suicídios, bem como serviu de inspiração para criação, no Brasil, do Centro de Valorização da Vida – CVV. Esteve comprometida com a causa quando encarnada e prossegue nessas atividades, em Além Túmulo.

Dos livros deixados por ela, qual chama mais sua atenção? Por quê?

DEVASSANDO O INVISÍVEL e RECORDAÇÕES DA MEDIUNDIADE. Nessas obras, a médium se revela por inteiro, trazendo relatos de experiências e lições profundas. Com base nesses dois livros, escrevi DEVASSANDO A MEDIUNIDADE, que brinca com o título das duas obras mencionadas.

Yvonne assinou alguns árticos com o pseudônimo de Chopin. Como você vê a relação dela com o compositor polonês Chopin?

Ela assinava com os primeiros nomes do músico, Frederico Francisco. Chopin lhe votava grande afeição. Acredito que a amizade entre ambos remonta a passadas existências, mas nada tenho de concreto para afirmar. Ele lhe apareceu, pela primeira, vez, na década de 1930, reaparecendo na década de 1950. Maiores detalhes podem sem encontrados no livro DEVASSANDO O INVISÍVEL.

Ela cresceu em um ambiente com poucos recursos, mas sempre ressaltou o amor e o aprendizado que recebeu dos pais. Comparando com a época atual, qual a importância e o papel dos pais no desenvolvimento da reencarnação de um filho?

Esse papel é fundamental. Os pais modelam a atual personalidade dos filhos e os influenciam muito além do que supõem. Uma boa educação é garantia de adultos responsáveis e conscientes. Uma má educação responde por desequilíbrios e traumas difíceis de resolver. É preciso que os pais acordem para essa realidade e assumam, de forma eficiente, o seu papel na condução dos reencarnantes que são colocados em seus caminhos na condição de filhos.

Que conselhos você dá aos pais que não sabem lidar com a sensibilidade mediúnica de seus filhos ainda pequenos?

Que estudem as obras de Allan Kardec, de Yvonne Pereira e de Hermínio Miranda (DIVERSIDADE DOS CARISMAS, sobretudo). Estes autores nos ajudam a ver a mediunidade com naturalidade, como algo presente em nossa natureza espiritual e que necessita de esclarecimento e direcionamento. Também na mediunidade, a orientação dos filhos não dispensa a compreensão e a instrução dos pais.


Qual a importância de Yvonne na comunidade espírita? Que contribuições ela deixou?

Yvonne nos ensina a vivenciar a mediunidade de forma simples. Médiuns não são santos, não são deuses, são seres humano, pessoas, gente! Yvonne nunca aceito que lhe beijassem as mãos, que lhe rendessem homenagens, que a intitulassem “Grande Dama do Espiritismo” ou coisas parecidas. Atendia a todos com simplicidade e atenção especial, sempre recusando títulos imerecidos. E realmente não os merecia! Médiuns são pontes: ligam dois lados e lhes facilita a comunicação. Os prodígios porventura obtidos devem ser creditados aos Espíritos, não aos médiuns.

Saber mais sobre Yvonne ajudou ou ajuda de alguma forma na sua vida?

Minha vida pode ser dividida em dois momentos: antes e depois de Yvonne do Amaral Pereira. Graças a ela, tenho aprendido a situar os médiuns e a mediunidade em seus devidos lugares.  Plagiando as palavras dela em relação a Dr. Bezerra de Menezes, posso afirmar que ela me fez ser respeitado e ouvido no Movimento Espírita. Pretendo, nos próximos anos, escrever mais duas obras em torno de sua vida, pelo menos. Encontro nela inspiração para muitas realizações doutrinárias.



Pedro Camilo é um dos expositores do INTERMÉDIUM 2012.




domingo, 1 de abril de 2012

A pintura mediúnica de Jacques no INTERMÉDIUM

O INTERMÉDIUM 2012 abre, pela primeira vez, o espaço para a arte mediúnica. Desde que foi concebido, essa proposta estava inclusa na ideia do fórum aguardando apenas o momento certo de realizá-la.

Para iniciar essa etapa, convidamos o médium de pictografia José Jacques de Andrade, de 67 anos. Natural de Penedo/Alagoas, Jacques é surdo de nascença tendo hoje a capacidade de falar e de se comunicar, mesmo com certa dificuldade. Segundo o próprio, ele escuta com "os ouvidos da alma". Filho de pais humildes teve uma infância sofrida e com dificuldades.
 

Jacques começou "a pintar" aos 3 anos de idade. Ele lembra que estava brincando na rua quando, com o dedo, começou a fazer desenhos seguidos do perfil de Jesus na areia molhada. Algumas pessoas começaram a prestar a atenção ao que ele fazia e daqui a pouco estava a confusão formada, com dezenas de curiosos no seu entorno acompanhando a sua obra e comentando como uma criança podia estar fazendo aquilo. Sua mãe, ao ouvir o barulho, foi verificar o que acontecia e ao perceber que era o seu filho alvo de toda aquela comoção pegou-o e o levou para casa.
Jacques foi encaminhado, anos mais tarde, para estudar na Escola de Belas Artes de Penedo mas, como ele mesmo diz, não gostava de desenhar em preto e branco. Ele só descobriria anos depois que o motivo de frequentar as aulas era para auxiliar futuramente no trabalho que desenvolveria com os espíritos.
Aos 23 anos, José Jacques veio para o Recife em busca de trabalho e aos 25 entrou pela primeira vez num centro espírita: a Fraternidade Lar de Jesus, no bairro da Madalena. De lá para cá, além de dedicar-se ao estudo da Doutrina Espírita, ele desenvolve o trabalho de pintura mediúnica (também conhecida como pictografia) e de assistência espiritual e material.
É na Sala de Arte Mediúnica Leonardo Da Vinci, no bairro de Campo Grande, no Recife, que ele desenvolve suas atividades. Sob a coordenação espiritual do pintor italiano Leonardo Da Vinci, Jacques usa da pintura para falar de amor e caridade e dos princípios de imortalidade de Jesus Cristo. Utilizando-o como instrumento estão diversos pintores desencarnados como os espanhóis Miró e Juan Gris, o italiano Botticelli e o francês Paul Signac. Todos sob a coordenação de Da Vinci.
No domingo à tarde, no INTERMÉDIUM, Jacques vai apresentar um pouco dessa parceria com a espiritualidade trabalhando em parceria com diversos mestres da arte, em momento de pintura mediúnica e quem sabe, como ele mesmo diz, também de música mediúnica.
Você é nosso convidado para conhecer o belíssimo trabalho desse médium que, mesmo com limitações impostas pela matéria, mostra que a verdadeira arte vem do espírito imortal.

Fotos: Alexandra Torres e Rosália Figueirêdo

 


 




domingo, 11 de março de 2012

A obsessão pelos sentimentos

"Costuma-se relacionar obsessão com condutas viciosas como alcoolismo, tabagismo, sexolatria e outros vícios corporais. Entretanto, existe uma infinidade de conúbios obsessivos ainda não investigados que se operam em decorrência dos estados psicológicos e emocionais do ser humano.

Obsessão é uma interação de mentes que evolui no tempo através da sustentação de vínculos pela Lei de Sintonia, mantendo duas ou mais criaturas ligadas pelos seus interesses. Alterando ou deixando d existir tais interesses, a vinculação passa a ser circunstancial. Chamamo-la de pressão psíquica.

Que processo interiores experimenta a alma para que estabeleça um circuito de forças mentais dominadoras? Que estados psicológicos e emotivos servem de base na constrição mente a mente? (...)

Na educação interior, certos comportamentos sujeitam-se à obsessão. Ao longo do tempo, os embates interiores causam em alguns discípulos espíritas a sensação de “fadiga na alma”. Os esforços e vitórias parecem insignificantes e infrutíferos. Um nocivo sentimento de inutilidade toma conta da vida mental. Desponta a dúvida e com ela multiplicam-se as perguntas sobre a validade de perseverar. Não estará faltando algo? Melhorei de fato? Estarei sendo hipócrita?! 

Nessa “hora psicológica” nascem muitas obsessões. Discípulos sinceros que sacrificaram longamente na conquista de si próprios estacionam em lamentação e descrença, desprezando as vitórias e fixando-se no derrotismo e na acomodação.

Um dos pontos educacionais da auto-aceitação consiste em valorizar os nossos esforços de reeducação espiritual – ponto crucial na conquista de condições psicológicas adequadas ao crescimento interior. Quando não valorizamos o que já podemos realizar, abrimos a frequência da vida interior para a descrença, o desânimo e a desmotivação, convidando os famanazes da maldade para que dilapidem os tesouros de nossa vida íntima.

(Texto extraído do livro Escutando os Sentimentos - Ermance Dufaux/Wanderley Soares)

O tema "MEDIUNIDADE E OBSESSÃO: A SINTONIA PELOS SENTIMENTOS" será um dos assuntos abordados no INTERMÉDIUM 2012, pelo expositor baiano PEDRO CAMILO.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que é ser espírita por Allan Kardec - Livro dos Médiuns

"Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em consequência do perfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária. Tais, porém, não são os desígnios de Deus.

Para o objetivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espíritas sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos. Então, haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascido do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então, elas serão fortes e poderosas, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam.

Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer que o Espiritismo enverede. A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno da qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens, por compreenderem que aí é que está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma era nova para a Humanidade.

Convidamos, pois, todas as sociedades espíritas a colaborar nessa grande obra. Que de um extremo ao outro do mundo elas se estendam fraternalmente as mãos e eis que terão colhido o mal em inextricáveis malhas".
Livro dos Médiuns,
Das reuniões e sociedades espíritas -  questão 350



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Programação do INTERMÉDIUM 2012

Amigas e amigos!!
Confiram abaixo a programação com os temas que serão abordados no INTERMÉDIUM 2012.

Sábado, 21 de abril de 201209h - Abertura do Evento
09h10 - Exposição - Mediunidade: possibilidade de autoconhecimento - Iracema Lins (PE)
10h30 - Intervalo
11h - Exposição - Mediunidade e conflitos: a busca do equilíbrio - Fátima Ferreira (MG)
12h30 - Almoço
14h - Retorno dos trabalhos
14h10 - Exposição - Mediunidade: Mediunidade e obsessão: a sintonia pelos sentimentos - Pedro Camilo (BA)
15h30 - Intervalo
16h - Debate
18h - Encerramento


Domingo, 22 de abril de 2012
9h - Abertura
9h10 - Exposição - oportunidade de transformação - Pedro Camilo (BA)
10h30 - Intervalo
11h - Exposição - Mediunidade: exercício de humildade e ca ridade- Fátima Ferreira (MG)
12h30 - Almoço
14h - Pintura Mediúnica com Jacques
15h30 - Intervalo
16h - Exposição: Mediunidade e a Educação dos Sentimentos - Carlos Pereira e Alexandra Torres (PE)
17h - Encerramento

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Conheça os expositores do INTERMÉDIUM 2012


Alexandra Torres

Pernambucana. É jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco – Unicap. É espírita e expositora optando pelo trabalho de palestras musicadas. Atuou como integrante do Grupo Semente de Música Espírita. Atualmente apresenta o programa Mediunidade em Tempos de Transição, pela Rede Boa Nova de Rádio. Trabalha como coordenadora de comunicação do Grupo Espírita Esperança, de Camaragibe.
 

Carlos Pereira

É recifense. Formado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. É mestre em Gestão de Políticas Públicas. Atua no movimento espírita como palestrante e conferencista. Tem lançados os livros: "Realidade Paralela - Uma Visão Espiritual dos Fatos" e "Um Novo Olhar", ambos de sua autoria. Tem três obras psicografadas: “Novas Utopias: reflexões de um padre depois da morte”, "No Coração de Deus - reflexões diárias" (ambas com o espírito Helder Camara) e, "Cartas de Um Imortal" (com o espírito Joaquim Nabuco). Atualmente realiza os programas Sintonia (pela Rádio Camará FM) e Mediunidade em Tempos de Transição (Rede Boa Nova de Rádio) e é coordenador do Grupo Espírita Esperança, de Camaragibe.
 
Fatima Ferreira

É de Minas Gerais. Atua com coach e como consultora especialista em Gestão de Pessoas. Co-autora do livro "Inacio Ferreira, Referência e Irreverência" e de "Projeto Valores Humanos para o Centro Espirita". É integrante do Instituto Espírita de Estudos e Divulgação do Evangelho - Inede, de Belo Horizonte.
 
Iracema Lins

É espírita e integrante do Núcleo Espírita Persevere. Professora aposentada, atualmente atua como psicóloga. É terapeuta holística quântica e também trabalha com reiki. É apômetra.
 

Pedro Camilo

É baiano. Advogado e mestrando em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia. Professor Auxiliar de Direito Penal e Processual Penal da Universidade do Estado do Bahia. Escritor e expositor espírita. Trabalhador do Núcleo Espírita Telles de Menezes, de Salvador, Bahia. Possui quatro livros publicados, sendo três deles sobre a vida e obra da médium Yvonne do Amaral Pereira: "Devassando a Mediunidade", "Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa" e "Pelos Caminhos da Mediunidade Serena". O quarto livro é mediúnico "Mente Aberta", em parceria com o Espírito Bento José.




terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Locais de venda de ingressos para o INTERMÉDIUM 2012

Amigas e amigos.

Já começaram as vendas de ingressos para o Fórum de Debates sobre Mediunidade em Pernambuco - INTERMÉDIUM 2012.

O evento acontece nos dias 21 e 22 de abril, no Teatro Beberibe, Centro de Convenções de PE, em Olinda, com o tema: "Mediunidade e a Educação dos Sentimentos".

O valor do investimento é de R$ 30,00. Lembramos que o Teatro Beberibe possui apenas 400 lugares.

Pessoas de outros estados ou do interior de Pernambuco interessadas em participar do evento, podem comprar seu ingresso de forma antecipada. Basta enviar um email para gespe.org@gmail.com com a solicitação. Será enviado os dados da conta bancária para efetivação do depósito e, após a confirmação do mesmo, a reserva do ingresso estará garantida.

Para quem mora no Recife e RM, seguem os pontos onde já há ingressos disponíveis:

Grupo Espírita Esperança - GESPE (Camaragibe)
Livraria Renascer (por trás do Cinema São Luiz, na Boa Vista, Recife)
Livraria Espírita (na Praça do Diário, São José, Recife)
C.E. Allan Kardec (Ilha do Retiro, Recife)
C.E. Vicente de Paulo (Iputinga, Recife)
Inst. Allan Kardec / Lar Ceci Costa (Salgadinho, Olinda)
Núcleo Espírita Persevere (Cidade Tabajara, Olinda)
Sociedade Espírita 18 de Abril (Jd. Paulista Baixo - Paulista)
Grupo Espírita Amor ao Próximo - Geap (Piedade, Jaboatão dos Guararapes)
Livraria Luz e Vida (Casa Caiada, Olinda)
Núcleo Espírita Aristides Monteiro - NEAM (Bairro Novo, Olinda)
Associação Espírita de Jd. Atlântico - AEJA (Jd. Atlântico - Olinda)
Grupo Espírita Seara de Deus (Janga, Paulista)
Informações: (81) 9729.2255
Participe!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Começa venda de ingressos para o INTERMÉDIUM 2012

Amigas e amigos.
A partir desta sexta-feira, dia 27, já estão disponíveis no Grupo Espírita Esperança - Gespe, em Camaragibe, os ingressos para o INTERMÉDIUM 2012.
Eles podem ser adquiridos às sextas-feiras, a partir das 19h, e aos domingos, a partir das 16h, na Livraria do Gespe.

Na próxima terça-feira, dia 31, estaremos informando aqui no blog os outros pontos de venda para aquisição do ingresso que está sendo vendido ao preço de R$ 30,00.

Também repassaremos as informações de como as pessoas de outros estados, interessadas em participar do fórum, poderão proceder para fazer sua inscrição.

Sejam bem vindos ao,

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vocação, não obrigação.

"A mediunidade é fenômeno inerente ao processo evolutivo; faz parte da condição natural de todos os seres humanos. Não se pode impedí-la, pois seu desenvolvimento vai continuar independentemente de nossos medos, ilusões e incredulidade. Considerada uma aptidão ontogenética do organismo humano, prossegue de forma dinâmica e automática através das vidas sucessivas.

A mediunidade está intimamente ligada à vocação, aptidão, realização, criatividade, espontaneidade e desvinculada por completo de qualquer obrigação ou pressão auto-imposta.

O termo "desenvolvimento" tem relação etimológica com alguma coisa existente num invólucro e que precisa ser desenrolada ou aberta. Em vista disso, concluímos que a faculdade psíquica está em germe e se manifestará, no tempo oportuno, de dentro para fora. Com esta visão mais lúcida do assunto percebemos a estreita ligação dela com uma "potencialidade/vocação" humana, e não com encargos ou incumbências externas.

A vocação é para o homem o que o perfume é para a for. O que mata o talento, na maioria das vezes, são as regras autoritárias de conduta, pois todos somos convocados a viver com naturalidade.

Apesar da tendência íntima dos indivíduos em viver em grupo, isto é, em sociedade, há neles uma natureza individual e uma necessidade peculiar de seguir seu próprio caminho. Vocação é ouvir a voz da própria alma.

A criatura que percebeu sua tendência descobriu, na verdade, seus talentos - propriedades inatas nos seres humanos e que fazem parte de sua natureza divina. (...)

(...) Não devemos forçar a eclosão das faculdades extra-sensoriais. Mas podemos oferecer condições apropriadas para que venham a aflorar de forma expontânea e equilibrada.

Obrigação pode ser conceituado como tudo aquilo que nos é imposto ou forçado. Obrigar-se a algo ou a alguém implica ser governado pela expressão ilusória "deveria".
"Devo desenvolver a mediunidade" equivale a dizer "não quero, mas sou obrigado a desenvolver". Não somos obrigados a nada!!

Mesmo quando realizamos algo significativo, se somente pensarmos nele como compromisso ou trabalho, sem o necessário gosto ou motivação, alguma coisa está errada conosco. Por mais concretizemos feitos edificantes envolvidos por motivos sinceros, se sua realização não for feita com prazer/vocação, sentiremos mais esforço e imposição do que felicidade e conforto. Ninguém deve viver e trabalhar sem contentamento.

Deus não dá encargos e incumbências às criaturas, mas coloca nelas vocações ou predisposições inatas. Os dons espirituais são capacidades próprias ou peculiares da alma. Vocação é um talento a ser exercido de uma forma exclusivamente nossa. A maneira como identificamos ou entendemos as nossas forças psíquicas determinará a produção mediúnica que teremos.

(...) A mediunidade se transforma em crescimento e amadurecimento espiritual quando for exercida com prazer e compreendida em termos de espontaneidade e predisposição natural.

Do livro: A Imensidão dos Sentidos
Espírito Hammed/médium Francisco do Esp. Santo Neto

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mediunidade e animismo, por Hermínio C. Miranda

"A distribuição dos fenômenos psíquicos em duas categorias - animismo e mediunidade - é de mera conveniência da metodologia expositiva, que não lhe tira a condição de classificação arbitrária. Isso porque não há entre as duas categorias absoluta nitidez de fronteiras. Ainda que seja, teoricamente, mais freqüente o fenômeno anímico puro, isto é, sem interferências de entidades desencarnadas, suspeitamos, inferimos ou sabemos que, em larga faixa percentual de eventos, ocorre ou pode ocorrer participação de seres desencarnados.

Já o fenômeno mediúnico não acontece sem o componente anímico, que é da essência do processo. Para suas manifestações, os espíritos precisam de certa espécie e quantidade de energia de que somente o ser encarnado dispõe. A comunicação entre as duas faces da vida, ou seja, entre espíritos (desencarnados) e seres humanos (encarnados), transita por uma ponte psíquica que tem de apoiar uma cabeceira na margem de lá do abismo e a outra no lado de cá, onde vivemos nós.

Insistimos, pois, em declarar que a classificação é simples conveniência metodológica e não deve ser tomada com rigidez exclusivista. (...)

(...) É que os fenômenos da natureza anímica e mediúnica não ocorrem apenas a horas certas, com determinadas pessoas, nos círculos fechados do espiritismo prático, mas a todo momento, por toda parte, com todo mundo. Não estarei exagerando ao dizer que acontecem com maior freqüência na rua, no lar, na escola, no local de trabalho, do que propriamente na intimidade dos núcleos espíritas. A mediunidade não é propriedade do espiritismo e, sim, como fenômeno natural, um dos múltiplos aspectos da própria Vida.

Poucos estudos, em verdade, oferecem tão denso conteúdo humano como o da mediunidade. Quer estejamos de um lado ou de outro da vida, como encarnados ou desencarnados, ela é sempre o instrumento de intercâmbio instalado estrategicamente entre os dois planos da existência.

Alto preço em angústias, decepções e desequilíbrios emocionais e mentais, perfeitamente evitáveis, é pago a cada instante em conseqüência da desoladora ignorância em torno da problemática da mediunidade fora do contexto doutrinário do espiritismo. E não poucos desajustes sérios ocorrem no próprio meio espírita, no qual o conhecimento inadequado, insuficiente ou distorcido acaba resultando em problema mais grave do que a ignorância que busca informar-se de maneira correta.

Seja como for, porém, não há como negar que o maior interessado no estudo da mediunidade é o próprio médium. (...)

(...) A mediunidade não é doença, nem indício de desajuste mental ou emocional - é uma afinação especial de sensibilidade. Como na música, somente funciona de maneira satisfatória o instrumento que não apresenta rachaduras, cordas arrebentadas, desafinadas ou qualidade duvidosa.

Não é nada fácil à pessoa que descobre em si os primeiros sinais de mediunidade encontrar acesso ao território onde suas faculdades possam ser entendidas, identificadas, treinadas e, finalmente, praticadas com proveito para todos. O médium precisa de recolhimento para o exercício de suas atividades, mas não deve ser um trabalhador solitário. Ele necessita de todo um sistema de apoio logístico, de uma estrutura que lhe proporcione as condições mínimas que seu trabalho exige.

Peça decisiva nesse contexto é o grupo incumbido de trabalhar mais diretamente junto dele. Exige-se dessas pessoas não apenas um bom preparo doutrinário e experiência, como outros atributos, de maturidade e sensibilidade, que lhes permitam posicionar-se como amigos e companheiros de trabalho e não como chefes, mestres, gurus ou proprietários do médium. E que não se deixem fascinar pela eventual espetaculosidade dos fenômenos ou pelo teor de 'revelações' de autenticidade duvidosa, ao gosto de alguns companheiros desencarnados. Isto quer dizer que não apenas o instrumento tem de estar afinado e em bom estado, mas harmonicamente integrado na orquestra em que atua." (...)

Introdução do livro Diversidade dos Carismas,
de Hermínio C. Miranda