domingo, 22 de abril de 2012

Pintura mediúnica

Após o almoço, o público vai participar de um momento especial com José Jaques. Ele, que é alagoano e tem 67 anos vai promover pinturas mediúnicas. O blog publicou um pouco mais sobre a atividade e a história dele, que é surdo e pinta desde os três anos.
Vale a pena conferir: http://intermedium-gespe.blogspot.com.br/2012/04/pintura-mediunica-de-jacques-no.html

Sobre obsessão





Pedro Camilo palestrou neste momento sobre "Mediunidade e obsessão: a sintonia pelos sentimentos". Durante sua apresentação, falou da responsabilidade que o médium possui ao abrir espaço para a aproximação dos espíritos e os reflexos dessa permissividade.

“Os espíritos sugerem que caminhos devemos seguir, mas nós temos o livre-arbítrio para decidir se iremos ou não”, falou. O tipo de influência que sofremos acontece de acordo com nossos pensamentos, nossa faixa de vibração, atitudes e decisões próprias porque atrairemos aqueles que tiverem afinidades com nossa conduta.

A obsessão pode acontecer de diversas formas, seja oriunda de um ser encarnado ou não, intencional ou não. Por isso, a máxima do orai e vigia é importante. “Ela ocorre por telepatia, vampirismo, fixação mental, ectoplasmia, hipnose, entre outras formas”, explicou. O médium, diante de sua possibilidade de contato com os seres desencarnados, devem, ainda mais, ficar atentos para que não se percam no trabalho. De forma geral, alguns sentimentos merecem que tenhamos, diariamente, total vigilância “inveja, ambição, paixão e ciúme”, disse.

Caminhos da humildade


A abertura deste segundo dia de Intermédium foi comandada pela mineira Fátima Ferreira, que abordou o tema “Mediunidade: exercício de humildade e caridade”. O tema integra a discussão maior sobre conduta que deve ser adotada pelos médiuns e também a relação entre dirigentes de casas espíritas e eles.

“O médium gosta de aplauso e de reconhecimento. E nós precisamos estar cientes que, cada vez que enaltecemos o trabalho do médium, podemos estar inflando as estrelinhas do ego”, alerta Fátima, que destacou trouxe trecho da obra O Consolador como caminho para a humildade: “Evangelizar a si  mesmo e afastar o fantasma do personalismo”.

Fátima falou também sobre o papel do dirigente no desenvolvimento mediúnico. Ela apresentou ao público situações em que o médium, envolvido em orgulho e vaidade, começa a desviar de seu propósito. “Ele precisa sair da conduta de passivo. Ele precisa ser consciente e, para isso, tem que rever sua conduta no dia a dia”, disse. Por fim, apontou os caminhos para chegar à humildade: combate à desilusão, reconhecimento de limites e conscientização.

Mudando com a mediunidade


A última palestra deste sábado de 5º Intermédium foi liderada pelo baiano Pedro Camilo. Durante 1h30, ele falou sobre “Mediunidade – oportunidade de transformação”, compartilhando com o público informações sobre a vida e obra de Yvonne Pereira e citando-a como exemplo de trabalho mediúnico.

A médium, intermediária de obras importantes na comunidade espírita, sempre defendeu que possuir tal sensibilidade não é presente e, muito menos, forma de se colocar acima de outras pessoas. É, sim, instrumento de transformação. Yvonne, em suas existências na vida terrestre cometeu dois suicídios. Na última encarnação, desenvolveu sua mediunidade e psicografou “Memórias de um suicida”, obra que se tornou referência no tema.

Sobre o livro, Pedro desmistificou o preconceito que se tem com o título. “Não entendo o porquê de reagir dizendo que é um conteúdo pesado. Um amigo já o leu 20 vezes. Para o esclarecimento, é preciso verdade”, destacou, afirmando que a obra foi importante para evitar suicídio de algumas pessoas.

Foi nesta encarnação, regada a privações e desafios, que Yvonne transformou não só sua vida, mas o conceito que se tem do médium. “Ela foi gente como qualquer um de nós, sem ilusões. Não são melhores e nem superiores”, afirmou. Reafirmando sua fala, Pedro reproduziu ainda quatro características de um bom médio: seriedade, modéstia, segurança e devotamento.

sábado, 21 de abril de 2012

Tarde no Intermédium


Está marcado para 14h o retorno às atividades deste 5º Intermédium. Após as palestras de Iracema Lins e Fátima Ferreira, os participantes serão convidados a assistir à palestra de Pedro Camilo. Ele vem da Bahia para falar sobre "Mediunidade e Obsessão: a sintonia pelos sentimentos". Às 16h, o Teatro Guararapes vai receber os palestrantes do dia em um momento de debate com o público. O encerramento da programação de hoje acontece às 18h.


Pedro, aliás, concedeu entrevista para o blog e você pode ler aqui: http://intermedium-gespe.blogspot.com.br/2012/04/escritor-baiano-resgata-vida-e-obra-de.html.


Avaliação


 Uma citação durante a palestra de Iracema Lins será postada aqui como forma de desafio a nós mesmos. É um exercício diário proposto por Agostinho, que diz:

“Exame de consciência para identificar os pontos a serem melhorados, fraquezas e más tendências em busca da reforma íntima”

Que tal começarmos a tentar hoje mesmo?

Conhecer a si mesmo



O conhecimento de si mesmo sob o viés da mediunidade. Foi esse o foco da palestra de abertura do 5º Fórum de Debates sobre a Mediunidade em Pernambuco – Intermédium, que acontece hoje e amanhã no Centro de Convenções. Comandada por Iracema Lins, a explanação abortou a importância do conhecimento interior quando se tem aflorada a sensibilidade.



“Quando nos conhecemos, percebemos, ao encontrar alguém ou estamos em algum ambiente, se aquela carga enérgica nos pertence”, afirmou. Ela defendeu que a mediunidade não deve ser ignorada, que aqueles que a possuem devem conhecê-la para lidar com a sensibilidade e também saber utilizá-la durante a encarnação.

“A mediunidade faz parte da vida, é algo natural e precisamos saber lidar com o invisível”, continuou, explicando a necessidade de educar nossos sentidos e enxergar além do que nosso corpo permite vê. “Quando passamos a ter compreensão das coisas, vemos que os fatos começam a ter sentido, a ter razão de existir. Nossa visão sobre as situações começa a ir além”, disse Iracema.

A partir da aceitação da mediunidade, o desafio do médium é conquistar o discernimento na função de ponte entre o mundo espiritual e encarnado. “O auto-conhecimento dá à criatura sabedoria suficiente para que saiba julgar a si próprio, pré-requisito para poder atender os outros”. A afirmação de Hammed foi utilizada durante a palestra como forma de mostrar o caminho para a reforma íntima. É conhecer sua personalidade, qualidades e defeitos e saber diferenciá-la no campo mediúnico. E isso acontece quando damos espaço em nossa vida para nos conhecer, para avaliar pensamentos, atitudes, posturas e ações que praticamos no dia a dia. 


Texto: Tacyana Viard | Foto: Alana Moreira

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Escritor baiano resgata vida e obra de Yvonne do Amaral



“Foi amor à primeira vista”. É assim que o escritor Pedro Camilo descreve sua relação com Yvonne do Amaral Pereira. Foi em 1999 que ele descobriu a história da médium carioca quando realizava uma pesquisa para uma palestra. De lá para cá, Pedro Camilo já escreveu os livros “Devassando a Mediunidade” e “Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa”. Abaixo, você confere um trecho* da entrevista que o escrito baiano concedeu, via e-mail, ao Intermédium Notícias.
 

Como e quando surgiu seu interesse pela vida e obra de Yvonne Pereira?

O interesse pelo a vida e obra de Yvonne do Amaral Pereira surgiu pelos idos de janeiro de 1999, quando pesquisava sobre mediunidade na adolescência para preparar uma palestra. Topei com a biografia dela e foi “amor à primeira vistaa”!

Entre artigos e livros, quantos materiais sobre ela você tem publicados? Quais os que você destaca?

Muito material publiquei na Revista Universo Espírita, hoje extinta. Tenho os livros “YVONNE PEREIRA: UMA HEROÍNA SILENCIOSA” e “DEVASSANDO A MEDIUNDIDADE”, de minha autoria. “PELOS CAMINHOS DA MEDIUNIDADE SERENA” que contém entrevistas e artigos da médium e que foi organizado e prefaciado por mim, bem como, o capítulo “Yvonne Pereira: literatura a serviço do Bem”, no livro PESQUISAS SOBRE O ESPIRITISMO NO BRASIL.

Apesar de Yvonne ser o pano de fundo de suas obras, o que as diferencia?

Procuro estudar a vida e a obra de Yvonne Pereira abordando o tema mediunidade, sempre. Passo em revista sua  experiências e sua vasta contribuição, resgatando conceitos e realizando estudos em torno desse instigante tema.

Quais fontes de estudo e pesquisa você utiliza para conhecer mais sobre Yvonne e escrever?

Utilizei seus livros, entrevistas gravadas e o depoimento de amigos e familiares. Atualmente, trabalho num projeto que pretende estudar conceitos deixados por ela nas cartas que escrevia. Já tenho, comigo, 100 páginas de cartas escritas por ela e espero que outras cheguem a minhas mãos, através dos muitos corações que se corresponderam com ela.

No plano espiritual, Yvonne presta atenção especial a suicidas. A quê, em sua opinião, se deve esse trabalho?

Ela cometeu suicídio em duas encarnações. Foi médium do livro MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, do Espírito Camilo Castelo Branco e, com essa obra, ajudou a prevenir suicídios, bem como serviu de inspiração para criação, no Brasil, do Centro de Valorização da Vida – CVV. Esteve comprometida com a causa quando encarnada e prossegue nessas atividades, em Além Túmulo.

Dos livros deixados por ela, qual chama mais sua atenção? Por quê?

DEVASSANDO O INVISÍVEL e RECORDAÇÕES DA MEDIUNDIADE. Nessas obras, a médium se revela por inteiro, trazendo relatos de experiências e lições profundas. Com base nesses dois livros, escrevi DEVASSANDO A MEDIUNIDADE, que brinca com o título das duas obras mencionadas.

Yvonne assinou alguns árticos com o pseudônimo de Chopin. Como você vê a relação dela com o compositor polonês Chopin?

Ela assinava com os primeiros nomes do músico, Frederico Francisco. Chopin lhe votava grande afeição. Acredito que a amizade entre ambos remonta a passadas existências, mas nada tenho de concreto para afirmar. Ele lhe apareceu, pela primeira, vez, na década de 1930, reaparecendo na década de 1950. Maiores detalhes podem sem encontrados no livro DEVASSANDO O INVISÍVEL.

Ela cresceu em um ambiente com poucos recursos, mas sempre ressaltou o amor e o aprendizado que recebeu dos pais. Comparando com a época atual, qual a importância e o papel dos pais no desenvolvimento da reencarnação de um filho?

Esse papel é fundamental. Os pais modelam a atual personalidade dos filhos e os influenciam muito além do que supõem. Uma boa educação é garantia de adultos responsáveis e conscientes. Uma má educação responde por desequilíbrios e traumas difíceis de resolver. É preciso que os pais acordem para essa realidade e assumam, de forma eficiente, o seu papel na condução dos reencarnantes que são colocados em seus caminhos na condição de filhos.

Que conselhos você dá aos pais que não sabem lidar com a sensibilidade mediúnica de seus filhos ainda pequenos?

Que estudem as obras de Allan Kardec, de Yvonne Pereira e de Hermínio Miranda (DIVERSIDADE DOS CARISMAS, sobretudo). Estes autores nos ajudam a ver a mediunidade com naturalidade, como algo presente em nossa natureza espiritual e que necessita de esclarecimento e direcionamento. Também na mediunidade, a orientação dos filhos não dispensa a compreensão e a instrução dos pais.


Qual a importância de Yvonne na comunidade espírita? Que contribuições ela deixou?

Yvonne nos ensina a vivenciar a mediunidade de forma simples. Médiuns não são santos, não são deuses, são seres humano, pessoas, gente! Yvonne nunca aceito que lhe beijassem as mãos, que lhe rendessem homenagens, que a intitulassem “Grande Dama do Espiritismo” ou coisas parecidas. Atendia a todos com simplicidade e atenção especial, sempre recusando títulos imerecidos. E realmente não os merecia! Médiuns são pontes: ligam dois lados e lhes facilita a comunicação. Os prodígios porventura obtidos devem ser creditados aos Espíritos, não aos médiuns.

Saber mais sobre Yvonne ajudou ou ajuda de alguma forma na sua vida?

Minha vida pode ser dividida em dois momentos: antes e depois de Yvonne do Amaral Pereira. Graças a ela, tenho aprendido a situar os médiuns e a mediunidade em seus devidos lugares.  Plagiando as palavras dela em relação a Dr. Bezerra de Menezes, posso afirmar que ela me fez ser respeitado e ouvido no Movimento Espírita. Pretendo, nos próximos anos, escrever mais duas obras em torno de sua vida, pelo menos. Encontro nela inspiração para muitas realizações doutrinárias.



Pedro Camilo é um dos expositores do INTERMÉDIUM 2012.




domingo, 1 de abril de 2012

A pintura mediúnica de Jacques no INTERMÉDIUM

O INTERMÉDIUM 2012 abre, pela primeira vez, o espaço para a arte mediúnica. Desde que foi concebido, essa proposta estava inclusa na ideia do fórum aguardando apenas o momento certo de realizá-la.

Para iniciar essa etapa, convidamos o médium de pictografia José Jacques de Andrade, de 67 anos. Natural de Penedo/Alagoas, Jacques é surdo de nascença tendo hoje a capacidade de falar e de se comunicar, mesmo com certa dificuldade. Segundo o próprio, ele escuta com "os ouvidos da alma". Filho de pais humildes teve uma infância sofrida e com dificuldades.
 

Jacques começou "a pintar" aos 3 anos de idade. Ele lembra que estava brincando na rua quando, com o dedo, começou a fazer desenhos seguidos do perfil de Jesus na areia molhada. Algumas pessoas começaram a prestar a atenção ao que ele fazia e daqui a pouco estava a confusão formada, com dezenas de curiosos no seu entorno acompanhando a sua obra e comentando como uma criança podia estar fazendo aquilo. Sua mãe, ao ouvir o barulho, foi verificar o que acontecia e ao perceber que era o seu filho alvo de toda aquela comoção pegou-o e o levou para casa.
Jacques foi encaminhado, anos mais tarde, para estudar na Escola de Belas Artes de Penedo mas, como ele mesmo diz, não gostava de desenhar em preto e branco. Ele só descobriria anos depois que o motivo de frequentar as aulas era para auxiliar futuramente no trabalho que desenvolveria com os espíritos.
Aos 23 anos, José Jacques veio para o Recife em busca de trabalho e aos 25 entrou pela primeira vez num centro espírita: a Fraternidade Lar de Jesus, no bairro da Madalena. De lá para cá, além de dedicar-se ao estudo da Doutrina Espírita, ele desenvolve o trabalho de pintura mediúnica (também conhecida como pictografia) e de assistência espiritual e material.
É na Sala de Arte Mediúnica Leonardo Da Vinci, no bairro de Campo Grande, no Recife, que ele desenvolve suas atividades. Sob a coordenação espiritual do pintor italiano Leonardo Da Vinci, Jacques usa da pintura para falar de amor e caridade e dos princípios de imortalidade de Jesus Cristo. Utilizando-o como instrumento estão diversos pintores desencarnados como os espanhóis Miró e Juan Gris, o italiano Botticelli e o francês Paul Signac. Todos sob a coordenação de Da Vinci.
No domingo à tarde, no INTERMÉDIUM, Jacques vai apresentar um pouco dessa parceria com a espiritualidade trabalhando em parceria com diversos mestres da arte, em momento de pintura mediúnica e quem sabe, como ele mesmo diz, também de música mediúnica.
Você é nosso convidado para conhecer o belíssimo trabalho desse médium que, mesmo com limitações impostas pela matéria, mostra que a verdadeira arte vem do espírito imortal.

Fotos: Alexandra Torres e Rosália Figueirêdo