terça-feira, 24 de março de 2015

Cíência espírita: uma parceria entre médiuns e espíritos

Fazer ciência espírita confiando indiscriminadamente nos espíritos não é correto, além de ser perigoso, como já sublinhei anteriormente. Do lado de cá da vida, vicejam mistificadores tanto quanto ai, do lado dos meus irmãos. É preciso desconfiar sempre, perguntar mais, aprofundar-se mais ainda na análise dos resultados, na metodologia, no estudo, para que a prática seja coerente a ponto de ser respeitada até mesmo por aqueles que se colocam como detratores do espiritismo.
 
A prática alicerçada em sabedoria e no conhecimento dos campos energéticos e espirituais, bem como da estrutura fisiológica e das patologias envolvendo os diversos corpos de manifestação do espírito, aumenta nos adeptos a convicção de que estão sob a tutela superior. Mais ainda, deixa claro que a ciência do espírito está fundamentada em fatos, e não em opiniões isoladas de espíritos que pretendem chamar mais atenção para o fenômeno do que para a realidade da ciência espiritual.
 
Durante o tratamento espiritual pode-se muito bem pedir, à entidade que está prestando o atendimento, esclarecimentos sobre o método e a necessidade de certos instrumentos ectoplásmicos, por exemplo. E por que não indagar a respeito dos resultados, nem sempre satisfatórios aos olhos de quem observa? Pesquisar, estudar sempre, aprofundar-se no conhecimento das leis do magnetismo, previamente às explicações concedidas e a partir delas, será muito proveitoso para o desenvolvimento de meus irmãos estudiosos da espiritualidade.
 
Imaginemos que, antes de cada procedimento espiritual, fosse utilizado o magnetismo, visando dobrar o paciente, e logo depois o espírito atendente lançasse mão dos procedimentos habituais. Veriam como os resultados dos tratamentos seriam multiplicados em qualidade e profundidade. Outro benefício dessa prática é que se deixaria de dar mais atenção e valor exclusivamente ao espírito incorporante ou incorporado, na medida em que meus irmãos teriam um papel preponderante na obtenção dos efeitos e na metodologia empregada. Isso a um só tempo estimularia a equipe e exigiria dela a especialização em temas do magnetismo e da fisiologia espiritual, com resultados de fato mais profundos, confiáveis e estáveis, em relação à recuperação dos consulentes. 
 
(...) É muito importante uma ação conjunta entre trabalhadores e espíritos que os dirigem, com o máximo de diálogo e conhecimento das situações que estão sendo abordadas. Esse é o tipo de parceria muitíssimo desejado e incentivado por aqueles espíritos mais esclarecidos, que são responsáveis perante a espiritualidade maior. 
 
Junte-se a esse quadro a consulta ao mentor espiritual do indivíduo que se submete ao tratamento, pleiteando acesso a seus registros reencarnatórios. Então se entenderá melhor quando alguém adoece devido aos erros do passado recente, aos hábitos adquiridos, ou em razão de equívocos remotos, forçando a culminância do resgate necessário. Até mesmo se verá quando tais enfermidades são programadas no período entre vidas, compreendendo por que é desaconselhável curá-las, uma vez que consistem numa forma de restringir os abusos da alma que se diz sofredora, embora seja apenas cativa, em caráter temporário. Muitas vezes temos diante de nós criminosos do passado, disfarçados de uma roupagem humana, que denota sofrimento e desperta comiseração tão somente em quem não pode enxergar o interior e a mente dos que buscam auxílio - ou melhor: na maioria dos casos, alívio.

*Do livro "A Alma da Medicina", espírito Joseph Gleber / médium Robson Pinheiro
Capítulo 23 - Fisiologia espiritual: a alma sob análise profunda.

domingo, 22 de março de 2015

Desmitificando a realidade espiritual - o desafio educacional dos médiuns


(...) Tomar consciência da realidade espiritual como ela efetivamente é, e não como gostaríamos que fosse, poderá ajudar-nos a desiludir e assim avançarmos mais rapidamente. E por mais que possam ajudar, não serão informações ou esclarecimentos doutrinários que nos permitirão um novo padrão energético. Isso só acontecerá a medida que optarmos por uma mudança de postura diante da vida. Mudança que envolve desde a aceitação das nossas fragilidades, a ruptura om comportamentos que não sejamos capazes de sustentar em quaisquer circunstâncias, até a manutenção do foco na construção das virtudes que almejamos desenvolver.
 
Sem que estejamos em paz com a nossa intimidade será difícil adquirirmos autoridade moral, por menor que seja, para olharmos frente a frente a realidade sem medo de sermos descobertos pelo olhar observador dos justiceiros, os quais enxergam além das aparências.
 
O desafio dos médiuns é educacional, mas com uma educação que vem de dentro e não de fora. O que permitirá que novos hábitos sejam adotados é o firme propósito de ancorarmos nosso foco naquilo que pretendemos atingir. Somente assim teremos forças para vencermos nossas viciações.
 
*Livro Mediunidade sem Fronteiras, autora Fátima Ferreira.
Educação Mediúnica, cap. 7 - Desmitificando a realidade espiritual.