domingo, 28 de junho de 2015

As provas da convivência

Aproximá-los foi algo relativamente fácil, pois eles se reencontraram antes, por diversas vezes, nos palcos da existência. Pelos laços do afeto ou motivados por antagonismos, de um modo ou de outro, caminharam juntos antes mesmo de terem passado algum tempo, lado a lado, quando da preparação no Hospital Esperança de onde partiram para reencarnar.

Uma vez reunidos num mesmo centro espírita na capital mineira, instituição que leva no nome o estandarte do evangelho como símbolo, eles rapidamente se mobilizaram. Em pouco tempo conseguiram materializar as primeiras obras literárias destinadas a promover reflexões acerca de temas importantes para a edificação de uma nova mentalidade, menos religiosista e mais humanista, bem aos moldes dos objetivos educacionais do cristianismo, o qual prevê, entre outras coisas, a alteridade, a descentralização e a humanização das relações.

O grupo encarregado reunia as características essenciais para dar início à empreitada. Alguns tinham visão estratégica; outros o pensamento ágil; outros, ainda, a operosidade necessária para a ousada tarefa. Restava saber como se comportariam em relação aos desafios da convivência. Nisso residiria o sucesso do projeto.

Precisariam, acima de tudo, mostrarem-se capazes de agir para desalgemar o evangelho dos conceitos, a fim de trazê-lo para as próprias atitudes. Sem isso, repetiriam o velho hábito de ensinar sem antes terem assimilado plenamente a lição. Não dispondo da força necessária do exemplo, eles não obteriam a sinergia necessária para despertar nos outros grupos o desejo de fazer o mesmo. Por isso, o teste da convivência era algo tão expressivo para o sucesso do tentame.

Livro Mediunidade sem Fronteiras, cap. 18, págs. 184 e 185.
Autor Fátima Ferreira, Editora Inede

LANÇAMENTO NO PRÓXIMO DOMINGO, DIA 5 DE JULHO


domingo, 21 de junho de 2015

A gravidade do momento planetário - a responsabilidade dos médiuns

A espiritualidade nunca precisou tanto da cooperação dos médiuns como agora. É tempo para que os espíritos, em parceria com os homens, trabalhem pela desoneração do psiquismo adoecido do orbe, o qual adentra uma fase decisiva do processo de transição.

Há determinados trabalhos de desobsessão cuja solução demanda grandes articulações, as quais podem se arrastar por dias ou meses, o que requer planejamento e cuidados especiais por parte dos benfeitores. Por isso, eles precisam contar com médiuns dispostos a oferecer a necessária prontidão psíquica. 

Face à extensão das múltiplas demandas espirituais é preocupante a defasagem entre o número dos médiuns que se encontram em condição de cooperar e o volume de trabalho a ser realizado, dificultando, sobremaneira, a ação dos trabalhadores espirituais.

Holocaustos, terremotos, chacinas, tráfico, violência, presídios incendiados, disputas políticas fomentadas pelo ódio são, tao somente, alguns dos reflexos da realidade espiritual na qual estamos mergulhados.

A situação é grave e assemelha-se a verdadeira praça de guerra. No entanto, a massa humana insiste em viver embalada na crença de que, após o túmulo, encontrará o descanso eterno ou um plano espiritual de refazimento das lutas terrenas. Isso quando não seja o caso dos que acreditam não haver nada após a morte. 

(...) Seria ingenuidade de nossa parte pensar que a negação da existência do mal nos permitirá ver-mo-nos livres dele. De igual modo agem os que evitam falar na morte, pelo receio de atraí-la.

(...) Num campo de guerra quase nunca há médicos em número suficiente para atender os feridos. Isso obriga aqueles que estejam em melhores condições ter de se mobilizarem para aliviar os mais necessitados.  

LANÇAMENTO EM OLINDA DIA 5 DE JULHO



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mediunidade sem Fronteiras será lançado em Olinda no dia 5 de julho

"O exercício de discernir os espíritos poderá contribuir para o autodescobrimento do medianeiro, desde que ele saiba como agir. Espera-se que o médium possa sentir os espíritos, ao invés de simplesmente percebê-los, através do impacto emocional que a sua aproximação produz nele".

Esse é um pequeno trecho do capítulo 6, do livro MEDIUNIDADE SEM FRONTEIRAS, lançado pela Editora Inede, de Belo Horizonte/MG.

No dia 5 de julho a autora da obra, Fátima Ferreira, estará no Instituto Allan Kardec, em Olinda, para fazer um seminário de lançamento do livro.
A entrada é franca e você é nosso convidado. 

Gespe


domingo, 7 de junho de 2015

Mediunidade e autodescobrimento

Na sua maioria os espíritos reencarnados são aqueles que, tendo maturidade espiritual suficiente para permanecer na Terra regenerada, ainda são reféns da lei de justiça. Passam presentemente pelos necessários testes de aferição, nos quais terão de demonstrar aptidão para resistir ao mal, ou então não apresentarão a vibração energética compatível com o psiquismo menos adensado que vige nos mundos regenerados.

Não é difícil entender porque a mediunidade assume papel ainda mais decisivo nessa hora em que os encarnados são disputados tanto pelo bem, como pelo mal. 

Essas almas já receberam várias oportunidades, nas quais poderiam ter feito a diferença, mas insistem em adiar o momento de desapegar-se de exterioridades, ainda insistem em ignorar tal necessidade. Com isso, folgam com o bem, tornando-se presas fáceis dos espíritos que, como eles, não pretendem abrir mão dos prazeres, desde os mais vis até os que nos pareça, inocentes deliberações do livre arbítrio.

Sabemos identificar o mal fora e achamos que isso é o suficiente. Entretanto, com maior frequência ainda não conseguimos reconhecer a manifestação do mal em nós, a influenciar as nossas escolhas. A mediunidade apresenta-se como oportunidade de abalarmos a visão distorcida que fazemos de nós mesmos, na medida em que nos coloca em contato mais próximo com o mundo interior, estrada que nos leva até a verdade.

O exercício de discernir os espíritos poderá contribuir para o autodescobrimento do medianeiro, desde que ele saiba como agir. Espera-se que o médium possa sentir os espíritos, ao invés de simplesmente percebê-los através do impacto emocional que a sua aproximação produz no médium. 

O transe é uma extensão do médium, o qual faz leituras energéticas do espírito a partir das referências energéticas que possua de si próprio. Há uma projeção ou espelhamento do mundo íntimo do espírito na intimidade do médium. Os nossos sentimentos servem para validar as impressões que recolhemos do mundo exterior por meio dos sentdos. Isso faz com que o médium consiga ter uma percepção clara das intenções do espírito, desde que, é claro, o médium saiba reconhecer o seu próprio modo de sentir.   

Não basta conhecermos a problemática do outro se não formos capazes de perceber os impactos de tal realidade na nossa intimidade. A honestidade será determinante para sentirmos a nós mesmos tal como nos encontramos, pois, escondidos por detrás de máscaras que nos permitem passar por quem ainda não somos, dificilmente perceberemos as reais intenções do outro.

Trecho do capítulo 6, Mediunidade em Tempos de Transição, págs. 61 e 62.
Livro Mediunidade sem Fronteiras, Editora Inede.
Autora: Fátima Ferreira 

Lançamento no Recife dia 5 de julho.